Com o aldeamento indígena do "Brejo dos Padres", a economia voltava-se para a agricultura de subsistência. Na época das penetrações da pecuária no sertão e o conseqüente surgimento da povoação, a principal indústria instalada era a pastoral, exportando carne, queijo, couro e gado, mantendo a agricultura algodoeira na região, tomando impulso, faz Tacaratu perder sua condição de sede do governo civil e do município, passando esta condição para a povoação de Jatobá (hoje Petrolândia). Esse deslocamento aconteceu devido à implantação da estrada de ferro, via de escoamento do local de produção, para os portos de exportação, que vieram modificar a dinâmica de polarização, beneficiando algumas povoações e esvaziando outras. A pecuária mantém-se até hoje como um dos grandes fatores da economia municipal e tem o feijão, como o produto mais cultivado, representando 41,95% do valor total dos seus produtos agrícolas. Segue-se a mandioca com 26,84% e os demais produtos agrícolas com pouca expressão econômica: o milho, a mamona, a laranja, a banana, a cana de açúcar, o mamão, o algodão arbóreo, o caju, o murici, a manga, a goiaba, o tamarindo, o umbu, o coco da baía, e o limão. O seu produto artesanal de maior expressão é o artesanato (tecelagem), que envolve 85% da população residente no 2 o Distrito Caraibeiras, onde se desenvolve uma significativa tecelagem, através do processo artesanal e industrial, como rede, manta, bolsa, tapete, coxim, bolsa, conjunto americano, tecido para vestuários, etc.
O II distrito Caraibeiras por conseqüência das atividades ocupacionais do artesanato está em franca ascendência, inclusive por se transformar em maior pólo receptor da população desempregada da zona rural, bem como de alguns municípios de Estados circunvizinhos. Ai por 1890, a exatos cento e treze anos, uma índia da Tribo Pankararu do Município, foi trabalhar como doméstica na residência de um famoso "Senhor" residente na então povoação Caraibeiras com ela levou um tear muito pequeno com que deu inicio a todo o processo hoje existente naquele distrito. O nome Caraibeiras aconteceu pela abundância de Caraibeiras ou Ipê Amarelo existente no Município de Tacaratu, conseqüentemente, também, naquela área do segundo distrito. Nos anos setenta, no século passado, aconteceu a introdução do tear batelão, posteriormente, o tear mecânico, com isto o distrito transformou-se em maior gerador de ocupação e renda do Município de Tacaratu. Estima-se em duzentas mil peças produzidas mês. Outros produtos artesanais compõem-se manualmente pelo índio da tribo Pankararu: trabalhos em palha de ouricurizeiro e de bananeira, trabalhos em barro, trabalhos no caroá e no cipó, trabalhos na madeira e o licor da própria fruta. No município existem também reservas de civilizações pré-históricas e restos paleontológicos, ora sendo pesquisados pela CHESF e UFPE. Segundo Sinopse Preliminar do Censo de 2000, a população do município é de 17.096 habitantes, tendo o distrito sede 2.912 habitantes e o 2º Distrito Caraibeiras 4.328 habitantes. Na zona rural do Município encontram-se espalhados por diversas comunidades, 9.856 habitantes - IBGE/2000 . O Município tem grandes perspectivas de desenvolvimento turístico a médio ou longo prazo, provável elemento dinamizador da cidade.
Como maiores atrativos estão às festividades da Padroeira Nossa Senhora da Saúde, Padroeira da região, maior e mais significativo evento religioso para o Município e para a região. Nossa Senhora da Saúde recebe romeiros de vários Estados da Federação. Um evento religioso que apesar dos seus trezentos anos, verifica-se, ainda, em expansão, perfazendo um volume rotativo de visitantes, turistas e romeiros de setenta mil pessoas, nos seus novenários. Destacando-se, também, como o maior e mais importante patrimônio arquitetônico da região, o Santuário de Nossa Senhora da Saúde. A Capela de São José, uma réplica do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, localizado no Sítio do Padre, expande-se como área de lazer mais procurada nos últimos tempos, dentro do Município. Um conjunto arquitetônico importante de Capela e Casa, idealizados e construídos pelo Cônego Frederico para sua residência, em 1938. Hoje, propriedade particular dispõe de piscinas e de área extensa para lazer.
São José tem sua festa realizada no mês de março, bastante freqüentada pelas pessoas do Município. A capela de Santa Cruz, no segundo distrito de Caraibeiras, realiza sua festa com novenário, em expansão. Destacando-se atualmente a Missa do Vaqueiro, que em ascensão, consegue trazer praticantes de toda região do São Francisco Pernambucano. No cenário do turismo ecológico, Tacaratu, a partir de 1997, está inventariada através do turismo da região dos Lagos do São Francisco mais 29 Municípios, ostentando um belo patrimônio ecológico, como por exemplo: a Bica dos Homens com trilha para Serra do Cruzeiro e Mirante dos Talhados, via Gruta, Fonte Grande e Serra do Giz, Cachoeira do Salobro com as sete quedas (temporária), Pico do Morcego, Caminhada ecológica Sítio Boa Esperança, Cachoeira das Lajinhas, dentre outros ambientes naturais em levantamentos. Na Serra do Cruzeiro foi implantado em 1904, por Manoel Vitor (Mané Vitor), o Cruzeiro da cidade, bastante visitado por habitantes locais, tanto quanto por romeiros e turistas da região, na sexta-feira da Paixão (atrativo com ascendência no receptivo turístico religioso e profano). O Folclore tem destaque para as Danças dos Praiás, Corrida do Imbu (Umbu), o Toré, Cansanção e o Menino no Rancho, tradicionalmente praticados pelos Indios Pankararu. As Danças do Coco, de São Gonçalo e o Samba de Roda, praticados pelas comunidades, alguns destes sendo resgatados. Anualmente, Tacaratu, realiza o Festival Primavera Musical, o FESPMUT, já na sua 4ª edição, considerado em ascensão, tende a priorizar a divulgação da cultura do Município, com suas danças e tradições, inclusive, criando oportunidades para que o tacaratuense e região participem com suas composições e/ou interpretando canções de outros compositores. Quando da Passagem do Ilustre Sr. Dr. Escritor de Macunaíma, Poeta e Pesquisador Folclórico Mário de Andrade , com sua comitiva de pesquisa pelo sertão de Pernambuco, ao chegar em Tacaratu, fez fluir a seguinte frase: "Tacaratu, uma Vila pequena, porém, muito bela, terra dos Lampiões e dos grandes temas folclóricos...".